Estabelecer limites é uma demonstração de amor que proporciona

Esse tipo de educação prepara crianças e adolescentes para uma vida em sociedade e também para o futuro

Dar e receber limites não deveria ser um tabu! Afinal, a criança quando ainda
está no ventre materno, já se vê limitada a movimentos curtos, devido à
barreira física e natural da barriga, mas, ao mesmo tempo, o aconchego da
placenta faz com que ela se sinta segura e protegida. Quando nasce, o bebê
já experimenta sua primeira frustração ao ter que se desconectar do cordão
umbilical, sentirá fome e terá que esperar para ser alimentado. E é natural
que, depois de muito choro, com o tempo, aprenda que há horários para
comer, para dormir e até para brincar.
Na vida, não só as crianças e adolescentes, mas também os jovens e os
adultos, precisam a todo momento lidar com a frustração de não terem todos
os seus desejos atendidos — do jeito e na hora que querem — e também
necessitam se adaptar a diferentes tipos de regras, muito comuns ao convívio
em sociedade. Por isso, para a formação saudável, é muito importante que os
pais usem de uma comunicação não-violenta para estabelecer normas e
limites aos filhos. Segundo Cris Poli, coordenadora da EDF — Escola do Futuro
Brasil (mais conhecida pela Super Nanny, interpretada no SBT), colocar limites
para os filhos não é uma opção, é uma necessidade. “Limite é uma
demonstração de amor, de preocupação e de cuidado com o bem estar, com o
crescimento e com o amadurecimento das crianças e adolescentes”,
esclarece.
Há muitos pais que excedem nos cuidados e nos mimos que oferecem aos
filhos, dando a eles tudo o que desejam, sem entender que nem sempre terão
tudo que almejam. Com isso, conforme forem se desenvolvendo poderão lidar
mal com a realidade, sofrendo consequências físicas, psicológicas e ainda se
portando de forma egoísta em ambientes coletivos.  “A falta de limite
demonstra pouco caso e falta de interesse na boa educação dos próprios
filhos. Há uma deturpação sobre esse assunto, pois alguns pais dizem que
deixam os filhos fazerem o que querem, porque os amam e anseiam que
sejam felizes. Mas, na realidade, isso é uma confusão! Como deixá-los fazer
sempre o que querem, na hora que querem, mesmo sem entender se será bom
ou ruim, se é aconselhável ou perigoso ou quais serão as consequências de
determinadas atitudes”, orienta Poli.
Ela explica que no momento de dizer não e deixar bem claro as regras a
serem seguidas, pode acontecer frustrações, mas no fundo eles recebem isso
como cuidado e amor. Quando são muito pequenos não conseguem verbalizar,
mas à medida que vão crescendo e entendendo, a necessidade da proteção e
da orientação dos pais, irão percebendo e reconhecendo a preocupação, o
cuidado e o amor inserido neste contexto.  “Crianças e adolescentes sem

limites crescem achando que podem tudo e não aceitam opiniões diferentes
sobre suas vidas.  Porém, educar e estabelecer limites é muito mais que uma
função, é uma responsabilidade dos pais. Eles devem sim orientar, ensinar,
mostrar o caminho, trabalhar o comportamento, dar o exemplo, moldar o
caráter e conversar sobre isso. Não é uma tarefa fácil, mas traz satisfação e a
sensação de dever cumprido”, alerta.
Segundo Priscila Moraes, que também é coordenadora da EDF — Escola do
Futuro Brasil, a ausência de limites, desestrutura a criança, que passa a ter
um comportamento agitado e desafiador, testando os adultos com muita
frequência. “Ela não aprendeu a respeitar o que é do outro, nem objeto e
nem espaço, e não se reconhece em locais onde há limites, como a sala de
aula, o playground, entre outros.  Quem é educado com limite dentro de casa,
espera as direções que precisará seguir na escola e aceita facilmente as
orientações, os horários estabelecidos para cada atividade e as direções para
desenvolvê-la. O limite interfere em tudo, na alimentação, na educação, na
autoestima, na atenção e no desenvolvimento geral do estudante dentro da
escola”, explana.
Para Cris Poli, a parceria entre a escola e a família é fundamental na
colocação de limites e na formação do caráter, dentro de uma mesma visão e
linguagem, pois é muito benéfico, traz segurança, paz e felicidade, tanto para
as crianças e adolescentes, como para as famílias. Estabelecer normas para os
filhos seguirem vem dentro da ideia de formar cidadãos, que saibam viver no
coletivo, estejam preparados para o futuro e seus desafios. Os limites fazem
com que as crianças experimentem o mundo com confiança, sabendo definir o
que é aceitável e seguro, com um senso próprio de direção. Esse tipo de
educação molda comportamentos e estabelece valores essenciais para uma
vida em sociedade, com discernimento e responsabilidade.

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