A disciplina estimula a criatividade, a concentração, o desenvolvimento da linguagem, a coordenação motora, a expressão corporal e emocional
Já diz uma máxima popular que “quem canta seus males espanta” e de fato, a música tem a capacidade de transformar a vida das pessoas. Ouvir uma canção pode levar as pessoas a liberar dopamina, hormônio responsável pela sensação de bem estar. São diversos benefícios da música para a saúde, como: estimula a criatividade; ajuda a relaxar; reduzir os sintomas de ansiedade; melhora a comunicação e a socialização; é uma forma de expressão; aumenta o foco; auxilia nos sintomas de insônia; diminui o estresse, entre tantas outras coisas. Só de ler todos esses benefícios já dá para entender o quanto a disciplina musical na escola é fundamental para crianças e adolescentes.
Segundo a professora de música da EDF – Escola do Futuro Brasil, Anne Ribeiro, a música é uma linguagem universal, e como recurso didático proporciona inúmeras oportunidades para o aprendizado. “Ela estimula a criatividade, a concentração, o desenvolvimento da linguagem, a coordenação motora, a expressão corporal e emocional. A música no contexto escolar tem o poder de estimular diversas habilidades e competências essenciais para o desenvolvimento dos alunos”, explica.
Música e o aprendizado de outra língua
Para muitos, a música é só um passatempo ou uma maneira de lazer, mas sua função dentro de uma escola e até mesmo no dia a dia das pessoas, pode ir muito além de um simples hobby. Por ser uma linguagem universal, a música também é usada como comunicação e, por isso, é um instrumento que promove a ampliação do vocabulário, sendo uma boa técnica para o conhecimento linguístico, noções gramaticais e prática da pronúncia.
Por isso, ela pode ser trabalhada de maneira efetiva, para contribuir com o aprendizado e o desenvolvimento da escrita, leitura, compreensão auditiva e oral. Por ser atraente, a música motiva as pessoas ao estudo da língua, porque as canções fazem parte da vida das pessoas, unindo conhecimento com o lazer, aperfeiçoando a memorização. Através dela não é preciso muito esforço para estabelecer um contato com novas culturas e novos aprendizados. “Por isso, na Escola do Futuro, a disciplina faz parte do currículo internacional, pois tem o papel fundamental de auxiliar na aquisição da segunda língua”, explica Anne Ribeiro.
Música e desenvolvimento
Para a professora, a música contribui no desenvolvimento integral do aluno, pois o fazer musical alarga diferentes áreas do conhecimento. “A socialização, a autoestima e o respeito ao próximo são parte importantes da nossa abordagem de ensino musical. Estudos comprovam que o simples fato de ouvir música, tem efeitos positivos no cérebro e memória”, detalha.
Uma das pesquisas, desenvolvida por cinco anos, pelo Instituto da Criatividade e do Cérebro da USC (University of Southern California), estudou um grupo de crianças que estudavam música, por até 7 horas por semana, na Los Angeles Philharmonic Association e o Heart of Los Angeles (HOLA). Ao comparar o desenvolvimento cerebral delas com outros dois grupos, que não faziam atividades musicais, foram comprovados os efeitos positivos no incremento cognitivo e socioemocional. O sistema auditivo delas se desenvolveu muito mais rápido e apresentaram aperfeiçoamento da linguagem e da leitura, além de outras habilidades socioemocionais.
Comprovando esses dados, outro estudo com 232 crianças e jovens, entre 6 e 18 anos, feito pela University of Vermont College of Medicine, também apontou que o estudo da música tem efeito benéfico no desenvolvimento cerebral. A constatação desta pesquisa apontou que quanto mais uma criança ou adolescente se aplicam no aprendizado de instrumentos, mais acelera a organização cortical, que terá reflexos no gerenciamento da ansiedade, controle emocional e na habilidade da atenção.
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Diante disso, não restam dúvidas, de que a música é uma ferramenta muito importante para estimular as habilidades e competências essenciais, visando o desenvolvimento dos alunos. “Nas aulas da Escola do Futuro, o fazer musical é contemplado de diversas maneiras, como o uso de instrumentos musicais de percussão simples, objetos sonoros e objetos para expressão corporal e Instrumental Orff (xilofones e metalofones). Já na Educação Infantil e Fundamental 1, usamos a abordagem Orff Schulwerk, que envolve música e movimento, onde o fazer musical tem foco no coletivo para o individual. Cada aluno tem potencial para ser desenvolvido e a aprendizagem musical se dá pela exploração e criação e participação ativa”, explica Anne Ribeiro.
Música nas apresentações escolares
Se apresentar em público cantando pode travar muitas pessoas. Mas, mesmo causando certo desconforto e nervosismo, participar de apresentações na escola também é um exercício para vencer a timidez, o medo, a ansiedade e a insegurança, e no final ficar com aquela sensação de vitória e superação. Além disso, nada como a emoção de ver os pais, parentes e amigos aplaudindo no final.
A professora conta que na EDF, as celebrações e festas, como dia das mães e dia dos pais, já são tradicionais. “Para nossos alunos é sempre um prazer e uma festa essa preparação e apresentação. O processo de elaboração dos eventos escolares é feito com os estudantes, que participam em todas as fases, desde a escolha do repertório, coreografia, vestuário até a apresentação final, sempre observando a visão da escola e os traços de caráter que trabalhamos ao longo do ano letivo. Assim, suas famílias se identificam, pois tudo tem a ‘cara do aluno’ e ao mesmo tempo nos eventos os pais podem ficar mais próximos do processo de ensino e aprendizado vividos pelos seus filhos”, detalha.
Ela explica que outra ocasião em que a música ganha destaque, é na Kids e Junior Convention. “Nosso objetivo como escola é unir todos os talentos e habilidades em um ambiente cristão, onde cada aluno tem a oportunidade de se expressar e mostrar artisticamente o que mais gosta. Trazendo ao final o desenvolvimento do indivíduo como um todo e celebrando o caráter cristão da nossa escola”, completa.
