Traços de Caráter – Abril

O ensino de autocontrole, leva crianças e jovens a lidarem melhor com as frustrações

Quem aprende a lidar com as emoções desde a infância e adolescência encara melhor as situações estressantes, que podem levar a atitudes intempestivas

Aprender a lidar bem com as emoções e reações inerentes ao ser humano é algo que deve começar bem cedo, enquanto criança ou adolescente, sendo também uma prática para toda a vida. Para melhor gerenciar anseios e sentimentos, é fundamental o desenvolvimento do autocontrole emocional, equilibrando impulsos em diferentes situações do cotidiano, seja no ambiente familiar, escolar, de lazer e até mesmo profissional. Afinal, quem adquire essa competência, também domina a autorregulação, o equilíbrio, a moderação, o autodomínio, o agir de forma comedida e tem a capacidade de se desviar de tentações.

O autocontrole faz parte das 12 competências da inteligência emocional, que conta também com autoconsciência, adaptabilidade e flexibilidade, perspectiva positiva, orientação a resultados, empatia, consciência organizacional, influência, coaching e mentoring, gestão de conflitos, trabalho em equipe e liderança inspiradora.

Importância de ter autocontrole

No dia-a-dia são inúmeras as situações estressantes, que podem levar as pessoas a tomar atitudes intempestivas ou até procrastinar. Por isso, o entendimento de que é possível gerenciar sentimentos, pensamentos, reações, e ainda buscar equilíbrio e paz, é muito edificante na construção da personalidade dos mais jovens.

O ensino do autocontrole já é comum no ensinamento de muitos pais. Como, por exemplo, quando duas crianças disputam um brinquedo, um deles não consegue e quer revidar ou tomar a força, criando um desentendimento entre eles —, normalmente os adultos interferem e orientam como devem se comportar diante desta situação.

 O desenvolvimento de habilidades emocionais é gradativo ao crescimento, por isso, a criança com pouca idade é reativa e não tem controle dos próprios sentimentos. Dessa maneira, ela pode fazer birra, chorar, espernear, gritar e praticar diversas outras atitudes impulsivas quando quer algo. Sendo assim, desde cedo, tanto em casa como na escola, a garotada deve aprender sobre autocontrole emocional, para assim lidarem melhor com as frustrações, que podem levar a reações indesejadas.

Autocontrole e socialização

Um dos principais locais onde as crianças aprendem a socializar é na escola. Neste ambiente elas constroem parte da identidade — de ser e de pertencer ao mundo —, assim como adquirem os modelos de aprendizagem através da absorção dos princípios éticos e morais que permeiam a sociedade. Na convivência com os professores e demais alunos da classe onde estudam, o autocontrole emocional torna-se uma ferramenta importantíssima no processo de socialização.

Além de serem instruídos sobre emoções e os traços de caráter, na EDF – Escola do Futuro Brasil eles também participam de atividades em conjunto, como jogos cooperativos, trabalhos e atividades em grupos, e ainda praticam atividades esportivas, que contribuem no entendimento sobre a importância do autodomínio. Nesse processo, o aprofundamento desta competência emocional vem junto com o desenvolvimento da assertividade, empatia, foco, disciplina e autopreservação.

Autocontrole e desempenho escolar

O desenvolvimento escolar da criança e do adolescente pode ser potencializado, quando eles adquirem o autocontrole, pois se estiverem estressados durante as aulas, e não conseguirem equilibrar suas emoções, não absorverão o conhecimento necessário. Um dos grandes impedimentos do aprendizado é o descontrole emocional, a impaciência, a inquietude, o estresse, o pensamento acelerado e até mesmo a irritabilidade, que podem ter sido causados por inúmeros acontecimentos.

Neste quesito, o exercício do autodomínio melhora o desempenho de aprendizado e as avaliações, preparando os estudantes para vestibulares e processos seletivos em universidades internacionais. Indo um pouco além, prepara-os para a vida adulta, quando irão buscar uma oportunidade profissional e encarar outras situações difíceis. Do controle das emoções poderá depender o sucesso nos planos escolhidos para o futuro.

Para adquirir competências emocionais que trazem equilíbrio, primeiro é importante um autoconhecimento. Pois, quem entende as suas próprias características, sabe quais são os gatilhos que costuma acionar em casos de fragilidades e poderá trabalhar essas questões. Desta forma, poderá lidar melhor com os sentimentos perturbadores, que podem ser prejudiciais em diversas situações.

Se conhecer é entender quais são os próprios pontos fortes e fracos, e principalmente, reconhecer no que precisa se aperfeiçoar. Também é preciso buscar quais são suas aptidões e onde quer chegar. Esse entendimento será fundamental para estabelecer metas, como qual faculdade quer fazer ou onde, e ainda direcionar suas energias na busca deste objetivo.

Controle Próprio

Uma das características importantes do autocontrole é não ceder a tentações, ou seja, a pessoa adquire a facilidade de manter firme em suas decisões relacionadas ao presente ou ao futuro, sejam educacionais ou qualquer outra. Em algumas traduções da Bíblia para o português, essa competência é denominada de Controle Próprio e é citada em inúmeros textos, que alertam que nem todos os nossos impulsos são bons e não devemos pensar nos nossos anseios, sem ponderar sobre as consequências dos mesmos.
Em Gênesis há uma afirmação que diz que Deus deu ao homem domínio sobre a criação, ou seja, ele também pode domar a si mesmo. Além disso, o Controle Próprio é um dos Frutos do Espírito, demonstrando que podemos ser capacitados a adquirir sabedoria e inteligência emocional, desde que queiramos. O Apóstolo Paulo alerta para que o homem seja autocontrolado e não caia em tentações, escolhendo fazer o que é bom: “Afastem-se de toda forma de mal (I Tessalonicenses 5:22).”
Use o Método do Semáforo
Existe uma técnica criada por Roger Weissberg (1951-2021) e outros professores da Universidade de Yale, na aprendizagem socioemocional, que usa o semáforo para ajudar estudantes de diferentes idades a desenvolverem autocontrole emocional. Ele usa as cores do sinal de trânsito para compreender estados emocionais e diminuir a impulsividade: no vermelho, pare e respirar fundo diante de uma dificuldade; no amarelo espere, reflita e pense no que fazer; e no verde, siga em frente e opte pela melhor decisão diante do acontecimento. O método, que visa o “pensamento consequente”, cabe não só para crianças e adolescentes, mas também para adultos, nas avaliações dos estados emocionais, para a melhor decisão sem reações impensadas. Ou seja, vale muito mais a pena parar e pensar com calma do que agir com impulsividade.


Conclusão

A infância é uma fase de emoções intensas, repleta de perguntas, curiosidades e descobertas. Por isso, para a autorregulação dos sentimentos de crianças e adolescentes torna-se fundamental a educação emocional, que também consiste em uma forma de prevenção fundamental a questões mais graves, como o suicídio e automutilação.
A EDF trabalha para que seus estudantes sejam preparados não apenas com conteúdos educativos, mas também com o crescimento de competências emocionais, através do estudo dos Traços de Caráter e ainda espiritualmente, através do ensino cristão.


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